domingo, 13 de dezembro de 2009

Meus caros amigos



The Best

Sandro Carlos, comunicador da 87 FM foi escolhido o melhor do ano em prêmio promovido pela 106 FM. A entrega da premiação aconteceu nessa noite de sábado (12). Modesto como ele só, Sandro cuidou de não ir receber a sua comenda. Enquanto isso...
Parabéns, amigo! Tive a oportunidade de apresentar o programa Jovem Guarda Especial ao seu lado e comprovei a sua competência. Não bastasse a grande voz e desenvoltura, esse senhor tem ainda o dom da humildade. Gente assim, cedo ou tarde acaba mesmo sendo merecidamente reconhecido como the best. E é!

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"Meu caro amigo me perdoe por favor,
se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
mando notícias nessa fita..."
(Meu Caro Amigo - Chico Buarque/Francis Hime)

Nós que fazemos o blog JGE temos a grata satisfação de publicar essa belíssima mensagem em forma de poema, escrita pelo amigo José Flávio. Companheiro de grupo de jovens, por muito tempo pudemos desfrutar da sua companhia e agora, mesmo distante, a nossa amizade permanece, prova de que foi muito bem construida nessas décadas passadas. A seguir postaremos um pouco sobre essa figura, numa breve biografia escrita por ele mesmo, e o poema que nos enviou. Essa será a primeira de uma série de participações de mais tantos outros amigos que, com certeza, teremos. A todo o pessoal do Distrito de Capela, o nosso abraço!

Nasci em Natal no ano de 1969. Sou Cearáminense de coração. Logo nos primeiros meses de vida passei a morar na comunidade de Capela onde fiquei até os 26 anos de idade. Depois resolvi entrar para o seminário na Congregação dos Padres e irmãos paulinos, na cidade de São Paulo. Passei lá seis anos de minha vida. Enfim por uma série de fatores acabei saindo do seminário em 2003. Formei-me em Jornalismo pela PUC-Campinas. Hoje Moro e trabalho na cidade de Campinas-SP. Lembro com muito carinho desta terra e das amizades que por aí construí.

Amigo

Subo a ladeira da estrada da vida
Cruzando o deserto, buscando nele um oásis.
O sol forte do meio-dia queima as minhas faces,
Das quais teimam em escorrer alguns pingos de suor.
Estas pequenas gotas escorrem pelos sulcos
De minha pele tornando mais pungente meu caminhar.

A poeira vermelha a se espalhar pelo ar,
Não permite aos meus olhos, divisar com nitidez,
As coisas que estão do lado de lá.
Nessa estrada não é possível ficar a lamentar
Os espinhos cravados nas mãos,
Faz-se necessário apenas caminhar,
Se quiser chegar.

Olhos fixos no horizonte
Que se faz ponte para esse caminheiro
Que só traz no coração a esperança de chegar
Ao fim dessa estrada com o coração cheio de sol.
E com um sorriso no olhar a expressar.
A mochila nas costas pesa um pouco
Mas seu peso não me incomoda
Pois trago nela apenas sonhos
E a esperança de realizá-los.

Ergo meus olhos para os céus
E, ao elevá-los, elevo igualmente meu coração
Numa doce prece de agradecimento aos sábios
Por terem me feito para trás deixar
Todo o peso do ódio e rancor.
Ao continuar a caminhar e para os lados olhar
Um contentamento quase infantil me invade o peito:
Comigo estás a caminhar.
Não estou sozinho a essa estrada trilhar.
Não importa se chegaste ao raiar do dia
Não importa se vieste ao meio-dia.
Nem muito menos se o sol estava a descer no horizonte.

És meu amigo, e contigo, renovo forças
Para o caminho continuar.

Um comentário:

Edvaldo Morais disse...

Grande Flávio!
Que satisfação saber notícias do amigo. Lembro-me muito das atividades dos Grupos Jovens, promovidas pelo Fernando de Oliveira, onde vc sempre estava presente com a animada turma de Capela.
Abraço
Edvaldo Morais e Família.
Ceará-Mirim RN