sábado, 28 de novembro de 2009

Bastidores

MONGA ESTÁ DE VOLTA
Que King Kong que nada! E olha que eu já assisti a todas as versões, mas emoção "primata" só senti mesmo com as transformações de "Monga, a mulher macaco" (nunca entendi porque "macaco" e não "macaca", acho que desse jeito a mudança fica até mais difícil por causa dos acréscimos, mas confesso que soa melhor no anúncio). Em tempos idos eu ficava muitas vezes do lado de fora do castelo só para ver o alvoroço das pessoas, correndo rua afora ao ouvir os urros da fera.
Já no lado de dentro, não conseguia entender como aquela moça bela, tão "apanhada", feminina ao extremo e sexy como nenhuma outra alí presente, lentamente ia se transformando num macaco tão feio e aterrorizaante.

Não sei se na trilha sonora ainda consta aquele hit da Tina Charles, é bem possível que não. Macacos também tem opinião e pode mudar de gosto, mas seja como for, quero de novo sentir a emoção de presenciar essa metamorfose. Aliás, de Brasília para o resto do país é só o que se vê de uns tempos para cá. Mas eu ainda temo menos a Monga com sua mudança de personalidade. Portanto não me venham falar de truque dos espelhos, deixa a minha imaginação trabalhar. Também não insistam em querer me fazer bancar o piloto kamikaze, se é pra se assustar eu prefiro aqui no chão. E haja adrenalina!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Bendito seja

João, Eliel, Benito e Erinho - bastidores do show
no Teatro Alberto Maranhão, em Natal (1998)

No programa Jovem Guarda Especial em sua edição de número 128, que vai ao ar nesse domingo, 29 de novembro, das 8 as 10h na 87 FM, estaremos fazendo uma pequena homenagem ao cantor/compositor Benito di Paula. O JG é assim, não se limita apenas aos cantores e compositores do movimento liderado, nos anos 60, por Roberto, Erasmo e Wanderléa, mas sempre abre um espaço para tantos outros que sejam responsáveis pela boa música no Brasil e no mundo. Benito, nos áureos tempos de sucesso, a década de 70, além de fazer todo o país cantar suas grandes pérolas - Assobiar ou Chupar Cana; Sanfona Branca; Retalhos de Cetim, Charlie Brown e tantas outras belas canções - também presenteou o Roberto Carlos com duas músicas que estão entre as mais bonitas do cancioneiro do rei: Quero Ver Você de Perto - (1974) e Amanheceu (1975). De volta à cena musical, com um CD/DVD que resgata antigos sucessos e ainda traz canções inéditas, é justo que a gente celebre com ele esse momento. Faremos algumas perguntas aos ouvintes relacionadas à carreira do Benito e os que responderem (no ar) a resposta corretamente ganharão coletâneas do cantor. Se você é da geração que absorveu as mensagens positivas do ótimo Zeca Pagodinho - Deixa a vida me levar - mas não conhece o trabalho desse outro artista, veterano do samba, nascido no dia 28 de novembro 1941, "friburguense coroado", e que bem antes do Zeca já explorava o tema: Do jeito que a vida quer, será uma oportunidade de conhecer o seu trabalho. Para mais detalhes sobre o artista acesse o seu site oficial: http://www.benitodipaula.com.br/ Imperdível! Se ligue! Ligue! Participe!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eles cantam Roberto Carlos

SHYGEAK SÉRGIO
Essa a Globo não divulgou e nem exibiu, mas aconteceu. O músico cearamirinense Shygeak Sérgio comemorando seu 30º aniversário, promoveu mais um evento musical no Centro Esportivo e Cultural de Ceará-Mirim, e ainda homenageou o rei Roberto Carlos nesses seus 50 anos de carreira. A festa teve a participação especial do padre Francisco de Assis, um músico de primeira, que em outra homenagem a Roberto, promovida pela equipe do programa Jovem Guarda Especial, deu um depoimento verdadeiro declarando todo o seu respeito e admiração para com o rei e ainda escolheu a canção Detalhes como a sua preferida. Foi também um momento oportuno para a equipe local da RACCO fazer o lançamento perfume Emoções, dessa vez para os homens, mais um que leva a assinatura do cantor. E a noite seguiu com a festa de arromba... Vejam alguns momentos capturados pelas lentes (amadoras) do Edvaldo Morais e do Eliel Silva. São closes que nos remetem às canções do rei.
"O meu coração é como um palco, tantas as histórias já vividas."
(Cenário - Eduardo Lages/Paulo Sérgio Valle)
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"Você meu amigo de fé, meu irmão camarada. Amigo de tantos caminhos e tantas jornadas."
(Amigo - Roberto & Erasmo)
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"São tantos os motivos pra eu estar aqui."
(Aventuras - Antônio Marcos/Mário Marcos)
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"Pensando bem amanhã eu nem vou trabalhar. Além do mais temos tantas razões pra ficar..."
(Café da Manhã - Roberto & Erasmo)
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"Quando eu estou aqui eu vivo esse momento lindo!"
(Emoções - Roberto & Erasmo)
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"Eu quero amor decidindo a vida, sentir a força da mão amiga..."
(Eu Quero Apenas - Roberto & Erasmo)
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"Eu e ela, eu e ela somos dois apaixonados, caminhamos lado a lado nesse amor sem fim."
(Eu e Ela - Mauro Motta/Robson Jorge/Lincoln Olivetti)
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"Essa garota é papo firme, é papo firme, é papo firme."
(É Papo Firme - Renato Corrêa/Donaldson Gonçalves)
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"Quem não acreditar venha ver a multidão que com ela quer dançar."
(A Garota do Baile - Roberto & Erasmo)
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"Fecho os olhos pra não ver passar o tempo, sinto falta de você..."
(Amor Perfeito - Michael Sullivan/Paulo Massadas/Lincoln Olivetti/Robson Jorge)
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"Não adianta discutir que tudo isso é meu. Por isso eu vivo a repetir que é meu, é meu, é meu."
(É Meu, É Meu, É Meu - Roberto & Erasmo)
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Observação: Espero que as pessoas envolvidas nesses registros entendam a nossa brincadeira. As frases das canções foram escolhidas com muito critério, como deve ser tudo que for ligado a RC e a vocês. Tenho o maior respeito por todos. (Eliel Silva)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O popular

Hoje, quando me dirigi ao caixa eletrônico de uma agência bancária da cidade, ouvi (quase sem querer) a conversa de um funcionário que, ao celular, fazia alguma justificativa para alguém que estava em algum lugar do planeta. Na conversa, ele perguntou onde ficava a residência da outra pessoa que logo lhe passou a informação. O funcionário do banco repetiu: "Rua Amintas Barros". Logo captei a mensagem e comentei baixinho com um amigo que estava perto de mim, também ouvindo a conversa: "é a rua do bar O Popular!." Nem bem terminei de falar e o camarada, agarrado ao telefone mas como se quisesse fazer todo mundo saber da sua descoberta, acrescentou: "Eu sei onde é. Fica na rua do bar do Roberto Carlos!" Eu e o meu colega caimos na gargalhada. É isso aí... O bar do Chico faz jus ao nome. É mesmo popular. E as vezes deixa de ser dele para ser do próprio Roberto. Valeu, Chico! E obrigado por nos proporcionar encontros memoráveis como foi esse que a gente registra agora. Na foto: Edvaldo Morais, Chico Popular, Eliel Silva e Fabiano Cavalcanti. Meses atrás a gente aproveitou a visita do Fabiano à Natal e nos encontramos pra bater um papo. Imagina o assunto em pauta... Saí do banco com uma vontade danada de pegar a "merreca" que tirei para pagar umas continhas e correr para "O Popular", encher a cara, ouvir o rei, "viver a vida". Ah, esse Roberto...

domingo, 22 de novembro de 2009

O homem da estação

Não costumo fazer do Jovem Guarda (programa radiofônico e blog) uma porta para eu divulgar os meus "laços de família." Mas hoje peço permissão aos ouvintes e web-leitores para fazer essa justa homenagem ao meu pai que nesse domingo completa 88 anos. E ele é uma pessoa simples demais...
Daniel Ferreira da Silva. Nome de profeta bíblico, sobrenome de presidente da República. Mas ele mesmo é uma pessoa comum. Simples como a cidadezinha em que nasceu: a pequena e pacata Taipu. Menino como tantos outros, só não foi bom de bola. Também no seu tempo de criança as brincadeiras eram outras. Quando rapaz até tentou seguir os costumes da época, mas sem exageros. Chegou o tempo de batalhar por um lugar ao sol. E que sol! Do cultivo na roça ao fabrico do pão foi assim que ele literalmente botou a mão na massa, numa padaria de um amigo da família, o saudoso Frutuoso Martins. Nas suas lembranças, costuma falar que, enquanto trabalhavam, ouviam incessantemente o disco do Roberto Carlos em Ritmo de Aventura que o seu patrão tocava numa possante vitrola, sensação da época. “Seu” Daniel, assim como o cantor da Jovem Guarda, por aquela época também estava em ritmo de aventura e logo deixou a padaria para trabalhar na Rede Ferroviária. Suas primeiras experiências não foram nada fáceis e de cara pensou em desistir quando, sozinho, escalado para trabalhar numa estação do interior, num lugar praticamente desabitado, por vezes teve o seu almoço roubado pelas cabras que por ali costumavam pastar. Hoje com certo senso de humor fala desse episódio, sem, contudo perdoar as travessuras daqueles caprinos.
De volta a sua cidade, assumiu a função de guarda-freio, que desempenhou com muita dedicação. Todos comentavam do zelo que ele tinha com seu campo de trabalho. Nas horas vagas pegava uma enxada e limpava aqueles trilhos como se eles fossem parte da sua vida. E eram mesmo. Acredito que essa dedicação que eu tenho com tudo que faço herdei de você e da minha mãe. Para mim a melhor herança.

É. Mas hoje esse meu querido, meu velho, meu amigo está cansado. Do alto dos seus 88 anos seus ombros parecem não mais suportar o peso do mundo. Por vezes o encontro cabisbaixo, como se quisesse culpar-se por alguma coisa que fez ou que deixou de fazer. E eu costumo dizer: deixe de coisa, meu velho! Você não deve nada a ninguém. Sua missão está cumprida. E digo ainda: sabe aquele presidente que você achava que ia “colar”?! Pois é, não colou. Fez o que fez, foi cassado, mas está de volta, como se nada tivesse acontecido. E sabe aquele outro que prometeu fazer desse chão um paraíso?! Não fez, não. Mas continua por aí, iludindo a todos e inventando guerras. Ah, e aquela escola que você não pôde freqüentar, não liga não. Na sua escola da vida você aprendeu muito mais. E sabe... recentemente uma jovem universitária foi hostilizada por colegas só porque usava um vestido curto. Acabaram ficando eles e deixando todos nós brasileiros numa “saia justa”. Portanto meu pai siga em frente. Ainda há o que se viver. E se você se sentir alquebrado, que seja só pelo peso da idade, mas nunca por vergonha ou algum sentimento de culpa. Você já fez a sua parte.
Nesse Jovem Guarda Especial eu não vou tocar uma canção que fale de um amor maior que tudo, ou mesmo que fale de cabelos brancos. Escolhi uma música que também tem a sua cara. Fala de um moço que envelheceu, não sem antes ter vivido as emoções que a vida lhe proporcionou. Essa é a hora de reconhecer o que você representa para todos nós, familiares e amigos. E a sua história para mim assemelha-se com a história de todos os meus heróis. É mais uma história de alguém que deu certo porque sempre acreditou no amor. Você é um homem justo, um grande homem! Parabéns pelos seus 88 anos!


O Moço Velho
(Sylvio Cesar - Gravação: Roberto Carlos - Ano: 1973)

Eu sou um livro aberto sem histórias,

um sonho incerto sem memórias

Do meu passado que ficou

Eu sou um porto amigo sem navios

Um mar, abrigo a muitos rios

Eu sou apenas o que sou

Eu sou um moço velho, que já viveu muito

Que já sofreu tudo e já morreu cedo

Eu sou um velho moço que não viveu cedo

Que não sofreu muito

Mas não morreu tudo

Eu sou alguém livre

Não sou escravo e nunca fui senhor

Eu simplesmente sou um homem

que ainda crê no amor.