ROBERTO E RAIMUNDO
Em recente entrevista ao programa O Som do Vinil (Canal Brasil), o cantor e compositor cearense Raimundo Fagner reconheceu que Mucuripe é sua música mais importante, tendo inclusive sido regravada por Roberto Carlos em 1975. Episódio curioso: certa feita o Rei soube que Fagner estava no mesmo prédio que ele e então fez questão de conhecê-lo. Após se apresentarem, Roberto Carlos pediu que Fagner cantasse Mucuripe. Ao final, com lágrimas nos olhos, o homem do calhambeque sapecou: “Bicho, eu queria ter escrito isso”. Fagner se sentiu enormemente envaidecido, sobretudo porque era fã do rei.
As velas do Mucuripe / Vão sair para pescar /
Vão levar as minhas mágoas / Pras águas fundas do mar...
Mucuripe, uma composição de Fagner em parceria com Belchior. Ela foi gravada originalmente no primeiro disco de Fagner, Manera Frufru Manera, de 1973. É também desse disco de estréia de Fagner as músicas Canteiros, que traz alguns versos da poesia Marcha, de Cecília Meireles; e O Último Pau-de Arara.
O nome do disco remete a uma expressão que Fagner e amigos comumente usavam quando estavam numa região da beira-mar de Fortaleza.
Frufru era o apelido de uma prostituta muito espevitada. A turma então dizia: “manera”, Frufru, “manera”. Na realidade, deveria ser maneira, do verbo maneirar, mas o compositor decidiu colocar no disco a expressão vulgar.
Fonte: Erasmo Firmino - Tio Colorau
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