quarta-feira, 6 de abril de 2011

FESTAS DE ABRIL


*** Paula Fernandes, presença marcante no mais recente especial do Rei na Globo, se apresenta dia 20 próximo em Natal (Teatro Riachuelo). Ingressos estão à venda na Harabello Turismo.
 Paula Fernandes e Roberto Carlos
Dezembro/2010

*** Fabiano Cavalcanti (Fortaleza) lança livro contando sua saga como fã do Rei Roberto Carlos. 
Detalhes: www.fabianocavalcanti.com.br

*** Abril é mês de festas para o Rei no Nordeste: eventos em Ipu, Juazeiro do Norte e Fortaleza (CE)

*** Caruaru em Pernambuco também homenageia Roberto Carlos.

*** No RN, além de Ceará-Mirim tem também em Natal - dia 20/04 no Clube da TELERN, Chico Popular promove mais um aniversário do Rei.

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MÚSICO E BLOGUEIRO PERNAMBUCANO
DANIEL BUENO PUBLICA CONVERSA QUE TEVE COM
 LUIZ CLÁUDIO, ATUAL VOCALISTA DA BANDA
THE FEVERS
Estava no  "Boteco do Pina", tomando uma bebida, quando percebo a presença, em uma mesa lá adiante, a figura do vocalista dos Fevers. É o Luiz Cláudio, aquele que se vestia de hippie nos anos 70 e hoje é a voz cantante do grupo que explodiu de sucessos no Brasil da Ditadura.

Não que os Fevers tenham nada a ver com a Ditadura, mas a verdade é que o sucesso deles começou, de fato, em 1969, quando Costa e Silva já mandava açoitar os rebeldes mais afoitos.

Nós do interior não sabíamos que se passava nos porões dos militares. Queríamos só ouvir Renato & seus Blue Caps,  Roberto Carlos, Erasmo,  Wanderléa, Golden Boys, Incríveis e, claro, os Fevers!

Luiz Cláudio me diz que entrou no grupo em 1969 para cantar, sobretudo as letras em inglês, já que Almir, o vocalista-mor, não dominava o idioma.

Me  contou dos shows que acabavam em cacete, num amálgama de bagunça e medo de morrer. Cantaram em todos os cantos do Brasil, menos em Palmas, capital do Tocantins (a capital mais recente do país).

Luiz Cláudio me disse que a primeira saída de Almir do grupo não fez a menor falta. Michael Sullivan entrou e a banda explodiu com “Guerra dos Sexos” e “Elas por elas”, tema de duas novelas de sucesso da TV Globo.

Depois, Miguel Plospski, o romeno ex-integrante do grupo, aquele do saxofone, agora já um empresário de gravadora bem-sucedido, decidiu reunir os Fevers novamente com Almir. Mas Almir voltou para ganhar 3 vezes mais que seus companheiros. Ok.

Depois, ele resolveu que seria um cachê 4 vezes superior. Aí seus ex-amigos mandaram ele plantar batata. Entrou um garoto que acabou dando conta do recado e emplacando um sucesso da banda.

Esse garoto acabou sendo chamado por Sullivan para trabalhar em Miami, com música, e hoje é um bem-sucedido empresário do ramo nos Estados Unidos.

Daí então, depois de algumas experiências, o grupo resolveu efetivar Luiz Cláudio como o intérprete oficial dos Fevers.

Ele me disse sem pestanejar que “Mar de rosas” é, sem dúvida, o maior sucesso da banda, a que mais vendeu discos. Mas que nos shows, a música que enlouquece a galera, de novos e coroas, é “Une-Dune-tê”, de 1985, que eles gravaram com o Trem da Alegria. A platéia vai aos céus de tanto saudosismo, garante Luiz Cláudio.

Ele não se conforma com as versões mirabolantes de Almir. Considera-o um mitomaníaco, alguém que inventa histórias mil para justificar suas decisões de continuar usando o nome de Fevers em anúncios de show. Tudo está na Justiça e parece que vai durar um bom tempo.

Lembrou dos discos de projetos especiais como “Década Explosiva” e “Superquentes”, sempre gravados em estúdios pelos Fevers mas lançados como se fossem bandas estrangeiras. Um sucesso de vendas no Brasil inteiro.

Lembrou-me que sempre sonhou em ser crooner dos Fevers, até que numa noite a bandinha dele abriu um show para seus ídolos e a turma achou legal o desempenho dele. Quatro meses depois, sem ele esperar, chegou o Liebert (ou Cleudir) na casa dele convidando para fazer parte da banda. Era tudo que ele queria.

Leveio-o, já meio bicado, para o Hotel Fator, ali nas Navegantes, em Boa Viagem. Mas o cara é de uma conversa equilibrada, centrada, coerente; pelo menos assim me pareceu pelo seu comportamento e seu tom de voz.

Foi bom conversar com alguém que há 42 anos vem percorrendo um caminho de altos e baixos, mas de incontestável sucesso no Brasil todo, uma vez que a Banda Fevers permanece uma marca de respeito e de muitos shows. No próximo encontro, quem sabe, na Ilha dos Navegantes, possamos alongar essa epopeia.
Fonte: www.danielbueno.com.br 

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