terça-feira, 28 de outubro de 2008

02 DE NOVEMBRO: FINADOS
O Blog homenageia os astros e estrelas da jovem guarda e dos anos sessenta com biografias e fotos de dois ídolos já falecidos:






Nasceu em Alegre, Espírito Santo, 10 de março de 1944 e faleceu em São Paulo no dia 29 de julho de 1980) O compositor e cantor Paulo Sérgio de Macedo, conhecido como Paulo Sérgio, nasceu na madrugada do dia 10 de março de 1944, em Alegre, Espírito Santo. Primeiro filho do alfaiate Carlos Beath de Macedo e de Hilda Paula de Macedo. Segundo depoimentos de seus familiares, se não tivesse sido um excelente cantor, teria se realizado como alfaiate, haja vista que aos 10 anos freqüentava a alfaiataria do pai, aprendendo os primeiros segredos da agulha e da tesoura. Mas, a veia artística já se desenhava cedo. Quando Paulo Sérgio estava com 6 anos de idade, em Alegre apareceu uma caravana de artistas das emissoras de rádio do Rio de Janeiro. Ao fim do espetáculo, os artistas resolveram promover um mini-concurso de calouros. Paulo Sérgio foi escolhido o melhor entre vários concorrentes. A partir daí, passou a ser requisitado como atração especial em todas as festinhas da escola e do bairro. Ao chegar no Rio de Janeiro, para onde a família se mudou, Paulo Sérgio foi matriculado no Colégio Pedro II e morava em Brás de Pina. Aos 15 anos, foi trabalhar em uma loja em Bomsucesso. Coincidência ou não, era uma loja de discos e eletrodomésticos, chamada “Casas Rei da Voz”. Como tocava bem violão, logo os amigos o incentivaram e Paulo Sérgio começou a mostrar suas composições. Imediatamente, virou ídolo em Brás de Pina. Os anos 60 sacudiam a juventude e Paulo Sérgio fez seu batismo no programa “Hoje é Dia de Rock”, comandado por Jair de Taumaturgo, o mais badalado entre os jovens do Rio. Posteriormente, Paulo Sérgio passou por muitos outros programas de calouros, como o “Clube do Rock”, do saudoso Rossini Pinto, onde também se apresentaram muitos outros cantores que iriam formar o pessoal da Jovem Guarda. Em 1967, a grande oportunidade de Paulo Sérgio surgiu, quando um amigo seu foi convidado para realizar testes na gravadora Caravelle, do empresário Renato Gaetani. Paulo Sérgio, então, prontificou-se a acompanhar o amigo ao violão, que infelizmente não teve sorte. Durante o teste, descobriram que Paulo Sérgio também cantava e quiseram ouvir algumas de suas composições. A Caravelle havia descoberto sua mina de ouro. O timbre de voz era exatamente o que os donos da gravadora estavam procurando e o contrato de imediato foi assinado. Logo, lançaram o primeiro disco de Paulo Sérgio, um compacto simples, que continha as músicas “Benzinho” e “Lagartinha”. O sucesso de Paulo Sérgio aconteceu em todo Brasil. Nessa época, começou-se a dizer ele imitava Roberto Carlos. O “Rei”, inclusive, lançaria em seguida um álbum denominado “O Inimitável”. Segundo depoimentos de pessoas próximas de Paulo Sérgio, ele era um pouco triste. Talvez pelo fato de alguns críticos não o terem reconhecido como um cantor bastante pessoal, sem intenção de querer imitar qualquer outro cantor. Logo, em 1968, veio o segundo compacto e afirmação definitiva, através da melodia “Última Canção”, que vendeu mais de 300.000 cópias. Em seguida, foi lançado o seu primeiro álbum, onde quase todas as faixas foram sucessos em todo o Brasil. Posteriormente, Paulo Sérgio ingressou na gravadora Beverly/Copacabana, por meio de um contrato que, segundo o então diretor da companhia, Rosivaldo Cruz, foi um dos maiores já assinados dentre todos os artistas que passaram por aquela gravadora, sendo considerado o maior acontecimento artístico do ano de 1972. No dia 4 de março de 1972, Paulo Sérgio casou-se com Raquel Teles Eugênio de Macedo que havia conhecido casualmente num pequeno acidente de trânsito. O casamento aconteceu secretamente, numa cerimônia simples, em Castilho, pequena cidade do interior de São Paulo. No ano de 1974, nasceu Rodrigo, que mais tarde usaria artisticamente o pseudônimo de Paulo Sérgio Jr. Além de Rodrigo, Paulo Sérgio teve duas filhas, Paula Mara e Jaqueline Lira, frutos de relacionamentos anteriores. Paulo Sérgio participou dos filmes "Na Onda do Iê-Iê-Iê" (1966), dirigido por Aurélio Teixeira; "Amor em Quatro Tempos" (1970), dirigido por Vânder Sílvio; "Em Ritmo Jovem" (1972), dirigido por Mozael Silveira e "Um Caipira em Bariloche" (1973), dirigido por Amacio Mazzaropi. No dia 27 de julho de 1980, um domingo, Paulo Sérgio fez sua última apresentação na TV. Foi no prgrama do apresentador Edson Cury (“Bolinha”), da Rede Bandeirantes de Televisão, onde cantou duas músicas do seu último trabalho fonográfico: “O Que Mais Você Quer de Mim” e “Coroação”. Logo após apresentar-se no “Programa do Bolinha”, nos arredores do teatro onde aquele programa era veiculado, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio (São Paulo-SP), Paulo Sérgio envolveu-se num incidente que talvez tenha provocado sua morte. Quando se preparava para ir embora, foi insultado por uma ex-fã, que fez comentários a respeito de sua condução como artista e ser humano. Paulo Sérgio, então, reagiu agressivamente e a mulher uma pedra em sua direção, atingindo e quebrando o pára-brisa do seu carro. Paulo Sérgio ainda fez uma rápida apresentação num circo instalado no bairro de Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, deslocando-se em seguida para um outro circo, situado em Itapecerica da Serra-SP, onde faria sua última apresentação. Ao iniciar o show, Paulo Sérgio já não estava se sentindo bem, queixando-se de fortes dores de cabeça. Num dado momento, comunicou o fato à platéia, desculpou-se e seguiu para o camarim. De lá, foi conduzido, já inconsciente, para o Hospital Piratininga e, diante da gravidade do caso, transportado para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Paulo. Durante quase 48 horas Paulo Sérgio permaneceu em coma. Na terça-feira, 29 de julho de 1980, não resistiu. Às 21 horas, os médicos constataram sua morte. Durante a madrugada e a manhã seguinte o corpo do cantor ficou exposto para visitação no velório do Cemitério de Vila Mariana, em São Paulo. Atendendo ao pedido dos pais de Paulo Sérgio, o seu corpo foi sepultado no Rio de Janeiro. Na capital carioca, o velório ocorreu no Cemitério do Caju. Às 16 horas do dia 30 de julho (quarta-feira), o seu corpo baixava à sepultura ao som de seu maior sucesso, “Última Canção”.

Paulo Sérgio com Roberto Carlos

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